terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A Iconologia como fonte historica


Na revista Saeculum - Revista de Historia - (30) Jan/Jun/ 2014), o professor Geraldo Pieroni faz extensa, estimulante e generosa análise de meus trabalhos de pesquisa sobre o uso da fontes imagéticas pelo historiador:


"A beleza deste livro reside na sensibilidade em compreender a Inquisição pelas obliquidades dos ritos e etiquetas; das formas de organização; dos modos das ações e, finalmente, dos sistemas de representações, de modo especial a emblemática que é apresentada através uma atenciosa leitura iconográfica: fogueiras, torturas, repressão ao judaísmo, ao protestantismo, à feitiçaria, vigilância ao pensamento por meio do controle dos livros etc."

Minha pesquisa, desenvolvida em minha tese de doutorado, foi publicada sob o título Simbologias de um Poder -  Arte e Inquisicao na Península Ibérica (Ed. Anna Blume, 2010). Em seu artigo, Professor Pieroni captou e compreendeu o alcance do que defendo, mostrando o valor e a metodologia usados nesses trabalhos.


Agradeço a profundidade da analise e remeto o leitor  ao texto instigante: link para o texto A Imagética Inquisitorial: religião, representações e poder.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Artistic sources for the study of diseases and medical practices in Colonial Brazil

Paintings, prints and drawings constitute important historical sources for the knowledge of the History of Medicine. Diseases, therapies and medical practices used throughout history have been the focus of attention of artists who left their records in illustrations of texts, the murals of churches, convents and hospitals.
Besides these artistic expression quoted above, the Historical of Medicine in Brasil also counts with the travel reports of scientists, artists and adventurers, who came to the Brazilian soil at the beginning of its history, as another source of information.
The healing practices found in these images were a mix of European scientific theory with religious mysticism, shamanism,and witchcraft. Throughout the Colonial period of Brazil (1500-1808) medical practice was carried out by professionals trained in European universities.

Until the early nineteenth century there were no schools teaching academic medicine. The vast majority of doctors in Brazil came from Portugal. These professionals adapted their theoretical knowledge with the magical and superstitious practices of the inhabitants with strong influence of African and indigenous medicine. On the other hand the teaching of Medicine in Portugal, like other sciences was marked by a huge discrepancy in relation to other European territories. In the second half , the reformed minister D. José - the Pombal Marquis- break the monopoly of education by graduating from a Jesuit university more open and in tune with the scientific advances of other European universities. To carry out the renowned university reform teachers were asked to focus on Dominic Agostino Vandelli (1735-1811) physician and professor at the University of Padua.

Vandelli prepared a project for Natural History Colony for the purpose of territorial recognition, human zoo, botanical and mineralogical. For that he leaded the creation of the Royal Museum and Botanical Garden annexed to the Royal Palace. Organized trips to Brazil naturalists to collect and classify specimens as flora. Later the lens of the University of Coimbra and Botanical Gardens Inspector said ... “give birth to the teaching of natural  sciences - physics, chemistry, natural  history, helping medicine and develop observation,  experiment with medicinal plants to overcome the knowledge that is still studied  in Aristoteles  and the scholastics”(as  cited, Carvalho, A Romulus- pedagogical activity of the Academy of Sciences of Lisbon in the eighteenth and nineteenth centuries - Lisbon: publications II of the Centennial of the Academy of Sciences of Lisbon, 1981, pg49).

Vandelli also said: “I like to see beyond the plants together from all parts of the world and get out of them  .... just the medicine ignores those who do not know  how many plants in remote areas are found in gardens.”

As a result of this attitude, Brazilian naturalists were sent to Portugal to exhibit their knowledge of Colonial flora.

Among the most important naturalists are  Frei José Mariano da  Conceição Veloso who presented to the king  a project for publishing books on natural history, research and dissemination on the life and nature in Brazil.


Use of Galenic therapy -Enema Tile panel of Regents of the University Federal da Bahia


Ritual practices of  indigenous healing Image of History of Pharmacy Museum - Amsterdam

Calundu - African ritual


His proposition was deferred but Frei Veloso was appointed director of the Tipografia do Arco do Cego. This institution had to buy printing presses, formed a school of drawing, printmaking and watercolor to train artists capable of illustrating. There were over 60 works, treatises of Natural History, philosophy and art to illustration publishings.

In 1790   the Tipografia do Arco do Cego, after a botanical expedition to Rio de Janeiro and São Paulo, published  the Flora Fluminensis  by Frei Veloso where
1400 plant species are described and illustrated.

When the Portuguese court was transfered to Brazil in 1808, the regent prince D. João VI, following the Vandelli’s practice of botanical studies, determined the creation of the Jardim Botânico do Rio de Janeiro. There were invited a significative number of French scientists and artists, among them, Jean Baptiste Debret.                                                                    

Installed in Rio de Janeiro in 1816, Debret began his iconographic records of the monarchy, society, culture, fauna and flora.
Artist traveler he was both teacher, designer, painter, watercolourist and printmaker. Debret produced comprehensive records on Brazil  through his  Voyage Pittoresque et Historique au Brésil, first  published in 1834 in three volumes.

Barber shop where applied suckers


Black Venus: practices of prostitution

Slave using metal mask to prevent eating land: common practice to patients with anemia


The invitation of French painters and scientists by D. João aimed to develop new Portuguese research centers academies for teaching arts and sciences.
                             
Featuring among the hundreds of images in watercolors, lithographs, and drawings that illustrate and explain his journey and his  work, showing the illness and medical practices, contributing this way to the study of the History of Medicine in Brazil.

Barber surgeon tending hygiene looking for lice

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Poder e Arte

A Inquisição e a legitimação do poder através da Arte:
o programa iconográfico do Convento Dominicano de
Santo Tomás em Ávila.


Benair Alcaraz Fernandes Ribeiro


O texto, que apresento a seguir, tem uma abordagem teóricometodológica não encontrada, normalmente, na historiografia sobre a Inquisição.(1) Essa abordagem se concretiza na análise do programa iconográfico desenvolvido por Pedro Berruguete (nascido em 1445 ou 46 e morto em 1503)1, sob contrato, sustentado pelo Inquisidor Tomás de Torquemada, para o Convento Dominicano de Santo Tomás em Ávila. Situa-se entre as novas formas de uso da iconografia, não como simples elementos ilustrativos, mas como verdadeiras fontes históricas que ampliam a visão do historiador. Complementam-se as fontes tradicionais trazendo ao campo da História (geral) as contribuições da História da Arte com seus métodos específicos(2)

Para ver o texto na íntegra consulte o link 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um jantar inteligente e descolado

Em artigo mordaz e ao mesmo tempo tragicômico Luiz Felipe Pondé nos brinda com uma crônica deliciosa publicada em A Folha de São Paulo, dias atrás. Vale a pena a leitura e o questionamento àqueles que já usufruíram de algum desses jantares alguma vez na vida...

"Você já foi a um jantar inteligente?

Jantares inteligentes são frequentados por psicanalistas, artistas plásticos, músicos, atores, jornalistas, publicitários (com a condição de falar mal da publicidade0, médicos (esses porque, como é sempre chique ser médico, não se dispensa médicos nunca), produtores, "video-makers", antropólogos, sociólogos, historiadores, filósofos.Administrador de empresa não pega bem 9 a menos que tenha um negócio sustentável). Engenheiros, coitados, só vão se forem casados com psicanalistas que traduzem para eles esse mundo de gente inteligente. Advogados podem ir porque é sempre necessário um cínico inteligente em qualquer lugar. Pedagogas, só se casadas com esses advogados e por isso talvez consigam bancar amizades chiques assim.>Ricos são sempre bem-vindos apesar de gente inteligente fingir que não gosta de dinheiro. Pobre só se for na cozinha, mas são super bem tratados. Claro, tem que ter um amigo gay feliz.Essa gente é descoladíssima. Seus filhos estudam em escolas de esquerda, claro, do tipo que discute o modelo cubano de economia a R$ 2mil por mês. Quando viajam ficam em lugares que reúne natureza "pura", tradição (apenas como "tempero do ambiente") e pouca gente (apesar de jurarem ser a favor da democracia para todos, só gostam de passar férias onde o "povo" não vai).Detalhe: é essencial achar todo mundo "ridículo" porque isso faz você se sentir mais inteligente, claro. Quanto à religião, católica nem pensar. Evangélicos, um horror. Espírita? Coisa de classe média baixa. Budista, cai muito bem. Judaica? Uma mãe judia deixa qualquer um chique de matar de inveja. Judaísmo não é religião é grife. Quer saber a lista de preconceitos que pessoas inteligentes têm? Qualquer um desses "gestos" abaixo você poder ter, que pega bem com comida vietnamita ou peruana:

1) A Igreja Católica é um horror e o papa Bento 16 é atrasadíssimo. Claro que não vale não ter lido de fato nada do que ele escreveu;

2) Matar Osama Bin Laden sem julgamento foi um ato de violência porque terroristas são pessoas boazinhas que querem negociar a paz em meio a criancinhas;

3) Ter ciúmes é coisa de gente mal resolvida;

4) Se algum dia um gay lhe cantar e você se sentir mal com isso, você precisa rever seus conceitos porque gente inteligente nunca tem mal-estar com coisas assim;

5) Se seu filho for mal na escola, minta. Se alguém descobrir, ponha a culpa na professora, que é mal preparada pra lidar com crianças como seus filhos, que se preocupam com as baleias já aos 11 anos e discutem a África no Twitter;

6) Caso leve seus filhos à Disney, não conte a ninguém, pelo amor de Deus!;

7) Acima de tudo, abomine os Estados Unidos, ache Obama ótimo e vá à Nova York porque Nova York “não são os Estados Unidos”;

8) Não seja muito simpático com ninguém porque gente simpática é gente carente e gente assim procura “eye contact” em festas. Um conselho: olhe sempre para um ponto no horizonte. Assim, se alguém falar com você, ela é que é carente;

9) Ache uma situação para dizer quer você conhece uma cidadezinha no sul da Itália e lá ficou hospedado na casa de uma amiga brasileira casada com um italiano que defende o direito dos imigrantes africanos e odeia Silvio Berlusconi;

10) O ideal seria se você tivesse passaporte italiano também;

11) Se alguém falar pra você que não dá para pagar direitos sociais e médicos para imigrantes ilegais na Europa, considere essa pessoa um “reacionário de direita”, mesmo que você não aceite sustentar alguém que não seja você mesmo e sua família (no caso da família nem sempre, claro);

12) No conflito israelo-palestino, não tenha dúvida, seja contra Israel, mesmo que morra de medo de ir lá e não tenha lido uma linha sequer sobre a história do conflito;

13) Se você se sentir mal com a legalização do aborto, minta;

14) Deixe transparecer que só os outros transam pouco;

15) Seja ateu, mas blasé.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Seis dias de uma guerra com começo, meio e ... sem fim


No momento que volta a discussão sobre a paz no Oriente Médio o presidente dos Estados Unidos propõe que se considere as fronteiras entre Israel e os palestinos àquelas de antes da Guerra dos Seis Dias. Nesse sentido, o livro de Michael B. Oren publicado pela Bertrand Seis dias de guerra pode ajudar a compreender o conflito. Leia abaixo um resumo do livro:



O Oriente Médio nos momentos que antecederam a Guerra dos Seis Dias, assim chamada pelos Israelenses, ou A guerra de Junho - O Revés, como querem os Árabes é apresentado por Michael B. Oren, numa perspectiva histórica que lhe permite uma visão clara de como, lentamente, se foi montando o verdadeiro quebra-cabeças político de acordos internacionais, pactos secretos, traições, erros estratégicos e logísticos entre árabes e judeus sobre a terra Palestina, palco de disputas desde a Antiguidade. Michael B. Oren, Ph.D. em estudos sobre Oriente Médio pela Universidade de Princeton, consegue, através de uma pesquisa exaustiva por arquivos e documentos só recentemente abertos aos estudiosos, costurar uma história com unicidade dos inúmeros confrontos entre nacionalismos, etnias, religiões que deram origem aos Estados Contemporâneos da região.

O autor ampliou de maneira significativa as fontes documentais sobre o conflito árabe-israelense. Sem se deixar levar por paixões, de forma equilibrada, descreve o cenário da guerra com inserção de mapas elucidativos, imagens dos principais atores do drama, fotos significativas dos eventos, conseguindo superar a “colcha de retalhos” que era a historiografia sobre o tema, numa linguagem moderna com senso literário. De forma abrangente explica o antes e o transcorrer da Guerra dos Seis Dias. A possibilidade de paz, com a expansão do fundamentalismo muçulmano e a cristalização das intransigências dos dois lados, parece cada vez mais distante de ser alcançada.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Impressões: a China que eu vi



Em Setembro de 2007 ocorreu em Macau, China, o XIII Congresso da
Federação Internacional de Estudos sobre América Latina e Caribe - FIEALC.
Essa Federação promove, a cada dois anos, um Congresso Internacional em que
estudiosos de várias partes do mundo se reúnem para apresentar pesquisas
sobre os povos da América Latina. Um abrangente leque de temas variados, indo
das questões sócio-econômicas às questões culturais, promovendo o debate de
idéias, reflexões e propostas para transformações da realidade latino-americana.

Já havia participado de outros eventos dessa natureza e quando recebi a
convocação para evento de Macau, vislumbrei a possibilidade de uma grande
aventura pelo outro lado do mundo. Juntei todas as forças e economias
embarcando em uma viagem inesquecível e enriquecedora em todos os sentidos.

Macau, o grande pólo comercial criado pelos portugueses no Século XVI,
se oferecia como oportunidade ímpar para conhecer a primeira grande
manifestação de globalização realizada pelos intrépidos navegantes portugueses.
Nós que somos fruto da colonização portuguesa, pouco sabemos de nossos
irmãos em cultura e na maravilhosa língua de Camões. Muitos poderiam perguntar
por que Macau foi escolhida como sede de um Congresso de estudos sobre
América Latina? Os organizadores visaram recolocar Macau na rota entre Oriente
e Ocidente, tal como fora nos inícios da Idade Moderna. O elo civilizatório entre
as colônias ibéricas da América e do grande império chinês. A influência da cultura
chinesa se fez sentir em inúmeros registros artísticos existentes na América
desde o século XVI, prova cabal em grande intercâmbio existente entre Oriente e
Ocidente. Da mesma forma encontramos na China as marcas da presença da
cultura portuguesa, numa simbiose interessantíssima.

O importante porto, às margens do Rio das Pérolas, nos mares do sul da
China, recebe a denominação de Amacau e tem sua certidão de batismo em uma
carta do mercador Fernão Mendes Pinto, noviço jesuíta, para o reitor do Colégio
de Goa. O primeiro documento escrito em português sobre Macau data de
novembro de 1555. Prevalece na carta a denominação do local pela fonetização
da expressão da língua de Fujian - Má Ko Cau1 ( enseada da ancestral avó) O
porto era ponto de encontro dos portugueses a caminho de Cantão. O processo
de criação de Macau foi um misto de atividade mercantil com missão
evangelizadora dos Jesuítas entre Índia, China e Japão.

Fernão Mendes Pinto é figura ímpar entre os mercadores portugueses.
Nasceu em Montemor-o-Velho por volta dos anos 1509-1511. Em 1537 parte para
a Ásia começando sua vida de aventureiro que o transformaria em rico mercador e
cronista das aventuras dos portugueses no Extremo Oriente.2 A certidão de
batismo de Macau surge como escala de uma viagem marítimo-mercantil que
estabelecia relações oficiais entre Índia e Japão. Suas aventuras foram
compartilhadas com Martim Afonso de Souza (fundador de São Vicente em1532)
e depois vice-rei da Índia; Pêro de Faria, capitão da fortaleza de Málaca; Francisco
Xavier - reitor da Companhia de Jesus na Índia - na evangelização do Japão.

Macau criada em local cedido a Portugal pela China em troca da ajuda
contra a pirataria se transformou em centro da triangulação do comércio entre
China, Japão e Índia. De Macau partiam as chamada "naus negras" anualmente
para o Japão, registradas pelos artistas japoneses nos belíssimos Biombos
Namban que hoje podem ser vistos no Museu de Arte Antiga de Lisboa.

A língua dos mercadores e missionários portugueses passa a ser
intensamente usada nos mares da China por todo século XVI e XVII. Foi através
de Macau que a China absorveu o consumo que batata-doce; milho, tabaco,
mandioca, pimentão provenientes da América. Para a Europa, Macau envia ruibarbo, aipo, lichias e dezenas de variedades de chá. Macau também exporta
outras formas de cultura material, como as armas de fogo. Entre 1620-1630 em
Macau faz sucesso a fundição de canhões do português Manoel Tavares Bocarro
provocando uma verdadeira revolução na arte da guerra.

Baluarte da cultura e língua portuguesa no Extremo Oriente entre os
séculos XVI a XX, Macau perde sua soberania portuguesa para China na última
década do século passado. Devolvida à China, Macau mantém um status jurídico
especial. A língua portuguesa foi mantida nos documentos oficiais e serviços
burocráticos do governo independente. A população não fala mais o português.
Prevalece o mandarim. Somente alguns intelectuais ou pessoas mais idosas
conhecem a língua de Camões. Uma pequena parte da população fala o Patuá -
mistura de cantonês com português, de difícil compreensão. Pela cidade, a
comunicação visual que antes eram feita em português, agora é expressa em
Mandarim, embora as placas de ruas e logradouros continuem a exibir a língua
portuguesa em segundo plano. De entreposto de comércio e exportadora de
cultura portuguesa a cidade se transformou em cidade-cassino. Sinais dos
tempos. Las Vegas transportada para Macau mudou a paisagem provocando
grandes transformações sociais na esteira das transformações da China rumo ao
"socialismo/capitalista" e à sociedade de consumo.

Da Macau portuguesa, melancolicamente, nos fica apenas a imagem do
frontispício do Convento Jesuítico de São Paulo. Imagem de uma ruína inusitada
da cultura que se perdeu.


* Má- é uma deusa protetora dos pescadores e navegantes muito popular no sul da China e Japão
** Fernão Mendes Pinto além de rico mercador é um dos grandes vultos da cultura renascentista portuguesa devido às suas Cartas e à Peregrinação - escrita entre 1568-1578, editada em 1614.

domingo, 10 de abril de 2011

O Programa Iconográfico do Convento Dominicano de Santo Tomás em Ávila


Entre os anos de 1490 a 1499 Pedro Berruguete, o primeiro pintor renascentista da Península Ibérica, desenvolveu  um programa pictórico para o Convento Dominicano de Ávila por encomenda direta do Inquisidor Geral Tomás de Torquemada.  A construção e decoração do convento que, serviria para residência de verão dos Reis Católicos - Izabel e Fernando, além de abrigar os severos monges dominicanos, foram totalmente geridas pelo feroz inquisidor. Aproveitando da arrecadação dos bens dos penitenciados pela Inquisição,  fez da pequena Igreja Conventual o depositário de belíssimas obras de Arte.  As pinturas realizadas por Pedro Berruguete foram instrumentos de auto-legitimação do poder Inquisitorial que iniciava na Península Ibérica sua trajetória trágica de mais de 300 anos de perseguições e mortes.

Para saber mais, contacte-me